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Polícia conclui investigação no caso “Choquei” e afirma que a vítima falsificou mensagens com Whindersson Nunes

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) divulgou hoje as conclusões da investigação sobre a morte de Jéssica Vitória Canedo, de 22 anos. A mineira tirou a própria vida após ser alvo de ataques online, gerados por prints falsos que a vinculavam a um suposto relacionamento com o humorista Whindersson Nunes.

Em coletiva, a polícia revelou que as notícias partiram da própria Jéssica, apontando-a como responsável pela divulgação através de perfis falsos em redes sociais. A jovem faleceu em dezembro de 2023, e na época, o perfil Choquei foi investigado por indução ao suicídio ao compartilhar supostas conversas entre Jéssica e Whindersson com seus mais de 20 milhões de seguidores no Instagram, sendo desmentido pelo humorista posteriormente.

Devido à extensa repercussão, a vítima enfrentou intensas críticas nas redes sociais, sendo identificada pela polícia uma jovem de 18 anos, residente em Rio das Ostras, RJ, como autora de mensagens de ódio. Essa mulher foi indiciada por instigação ao suicídio, com pena prevista de dois a seis anos de reclusão conforme o Código Penal Brasileiro.

A PCMG esclareceu que Jéssica Canedo, em tratamento para depressão, tornou-se alvo de ataques online, agravando seu quadro e levando à sua morte. A Choquei não foi responsabilizada pelo crime, sendo a única indiciada a jovem do Rio de Janeiro, sem relação direta com a vítima. Durante a investigação, a polícia ouviu representantes da Choquei, outras páginas de fofoca, familiares e amigas da vítima, assim como Whindersson Nunes, que negou qualquer envolvimento.

Com o encerramento do inquérito, este será encaminhado ao Ministério Público. Após a notícia da morte de Jéssica, uma campanha contra a Choquei surgiu nas redes sociais, levando o perfil a pausar suas publicações temporariamente. Após a morte, a Choquei emitiu uma nota negando envolvimento com o caso, afirmando que as publicações foram feitas com base em dados disponíveis no momento, em estrito cumprimento do direito à informação. O X inseriu contextualização em todas as publicações pós-morte, criticando a Choquei pela contribuição à tragédia e alegando que a morte de Jéssica não deveria ser esquecida.